segunda-feira, 26 de março de 2012

Estética da Crueldade: O Cinema de Michael Haneke


O Cineclubida retoma suas atividades no dia 05 de abril, com a mostra Estética da Crueldade - O Cinema de Michael Haneke. O primeiro filme da mostra é Funny Games - Violência Gratuita (1997). Clique no cartaz para ampliá-lo e conferir toda a programação.

Lembramos que neste semestre as sessões serão sempre nas quintas-feiras, às 19h, no auditório do VIS/IdA/UnB. Convidamos a todos para uma conversa sobre o filme após a exibição do mesmo. A entrada é gratuita. 


sábado, 3 de dezembro de 2011

Mother, de Bong Joon-ho. Sexta-feira, dia 09/12 às 19h no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB.



O último filme da Mostra Novos Olhares é Mother, do sul-coreano Bong Joon-ho, de 2009. Às 19h no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB.

Sinopse: Hye-ja é uma mãe solteira que vive com seu filho Do-joon, de 27 anos. Ele é a razão do seu viver. Apesar de adulto, Do-joon é ingênuo e dependente de sua mãe, e às vezes se comporta de maneira perigosa. Ele é uma constante fonte de ansiedade para todos. Um dia, uma jovem garota é encontrada morta em um prédio abandonado, e Do-joon é acusado de seu assassinato. Um advogado ineficiente e uma força policial apática fecham o caso muito rapidamente, o que leva sua mãe a agir por conta própria. Convocando todos os seus instintos maternais e sem confiar em ninguém, ela parte em uma busca frenética do assassino para provar a inocência do filho.

Lembrando que a exibição do filme Mother é a última do ano. As atividades do Cineclubida serão retomadas em março, no início do semestre da UnB.

Contato: cineclubida@gmail.com ou
leosaidhi@gmail.com (Léo)
rafaelarezend@gmail.com (Rafa)
quartierpopulaire@gmail.com (Mari)

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sábado, 26 de novembro de 2011

Mostra Novos Olhares: Fish Tank (2009), de Andrea Arnold- sexta-feira, 02 de dezembro



O próximo filme da Mostra Novos Olhares é o britânico Fish Tank (2009), dirigido por Andrea Arnold. O longa conta a história de Mia, uma adolescente de 15 anos que tem a vida virada de cabeça para baixo após a sua mãe trazer um novo namorado para viver em casa.
Katie Jarvis, que interpreta Mia, nunca havia atuado antes em um filme. A diretora Andrea Arnold a encontrou brigando com seu namorado em uma estação de trem e lhe ofereceu o papel.
Fish Tank foi aclamado pela crítica e venceu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes em 2009, assim como o BAFTA de Melhor Filme Britânico em 2010.
Dia 02 de dezembro, sexta-feira, às 19h no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita. Convidamos a todos para uma conversa sobre o filme após a sessão.

domingo, 20 de novembro de 2011

El Niño Pez, de Lucía Puenzo- 25/11- sexta-feira



O próximo filme da mostra Novos Olhares é El Niño Pez (Argentina, 2009), de Lucía Puenzo. Sexta-feira, dia 25/11, às 19h no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita.

Sinopse: Lala, uma adolescente que vive num bairro de classe alta de Buenos Aires, está apaixonada por Guayi, a empregada paraguaia de 20 anos que trabalha em sua casa. Sonham em viver juntas no Paraguai, à beira do lago Ypoá. Para isso juntam dinheiro roubando as carteiras que encontram pela casa. Mas quando estão prestes a fugir juntas, tudo se complica. O desejo, o ciúmes e a ira precipita uma tragédia.

sábado, 19 de novembro de 2011

Deixa Ela Entrar, de Tomas Alfredson




Por Léo Tavares
Baseado em livro homônimo do sueco John Ajvide Lindqvist, Deixe Ela Entrar poderia ter despertado o interesse de uma grande leva de espectadores que têm lotado as salas de cinema nos últimos cinco anos, caso fosse erroneamente catalogado como parte do nicho mais em voga dos filmes de terror atualmente: aqueles que tratam de vampiros e todo o imaginário que os envolve.
Apesar de ter sido lançado em meio a uma onda de filmes sobre vampiros, existem alguns fatores que imediatamente distanciam este trabalho da abordagem usual, e o primeiro deles já se coloca na impossibilidade de restringi-lo ao chamado filme de gênero, já que não se pode afirmar que estamos diante de uma produção de terror, ainda que muitos recursos provenientes desse tipo de narrativa sejam utilizados; tampouco que o foco central da história criada por Lindqvist a partir de seu próprio livro seja o tema dos vampiros, apresentado dentro da obra como uma metáfora para a marginalização daqueles que não se encaixam nas normas sociais e, portanto, acabam se distanciando gradativamente das relações humanas –permeadas sempre por códigos muito rígidos- em direção a uma perda da própria humanidade. Aqui a imortalidade dos vampiros aliada à incapacidade do convívio social se manifesta como uma morte imposta pela própria sociedade. Ou seja, no filme de Tomas Alfredson, como no livro de Lindqvist, o interesse narrativo está em explorar as relações humanas, as forças externas que as regulam e os sentimentos que se originam a partir de uma incompatibilidade com a norma. Utilizando-se do tema dos vampiros como ferramenta, o que Lindqvist faz é criar uma reflexão profunda sobre a solidão, o passar do tempo e a fugacidade das coisas que nos envolvem (a personagem Eli atravessa séculos e presencia o envelhecimento e a morte de todos que estão perto dela).
A respeito da questão da sexualidade, ela existe no filme primeiramente como elemento de tensão entre os personagens. Oskar é um adolescente tímido que vive com a mãe em um complexo residencial nos arredores de Estocolmo. Alfredson se preocupa em apresentar toda a densidade psicológica e as peculiaridades da personalidade de Oskar através de seu convívio social. O adolescente freqüenta uma escola onde não é aceito pelos colegas. Sua aparência frágil, de traços e trejeitos femininos e seu comportamento introspectivo são alvo de hostilização num microcosmo social em que já se denota uma série de exigências comportamentais. Oskar sofre calado uma violência psicológica que vai se transformando em violência física, até que conhece a personagem Eli, uma garota igualmente retraída que acaba de se mudar para o mesmo prédio, em quem encontra identificação e por quem começa a sentir-se atraído. A partir daí, o filme concentra-se em discussões a respeito das transformações da puberdade, das relações de poder dentro das camadas sociais e principalmente da sensação de inadequação dos personagens ao meio em que vivem, ao mesmo tempo em que encontram um no outro uma espécie de refúgio. Oskar vê em Eli uma possibilidade de aceitação, mas é aí que se inicia o conflito central: Eli não é nem menina, nem menino, e por isso sente a necessidade de romper um desenvolvimento afetivo que começa a transparecer nuances sexuais em sua relação com Oskar, impor um afastamento físico a fim de preservar seu relacionamento e continuar sendo aceita. À medida em que os laços entre Eli e Oskar se intensificam, fica clara a inevitabilidade de uma escolha por parte de Oskar: ajustar-se a uma sociedade repleta de normas, ou iniciar com Eli um caminho rumo à marginalização.
No filme de Tomas Alfredson, a sexualidade do menino Oskar é apontada sutilmente, abrindo caminho para a ambigüidade: ele parece não se importar quando Eli revela que não é uma menina, e demonstra querer um relacionamento amoroso, porém, a manifestação de seus desejos sexuais não chega a acontecer de forma definida; é como se Alfredson houvesse optado por apenas apontar possibilidades a respeito de uma sexualidade que ainda está se desenhando, e deixá-las em aberto. De certa forma, o mesmo acontece com a construção psicológica da personagem Eli, mas de forma ainda mais obscura: ela é na verdade um homem castrado na infância e em determinada cena, revela para Oskar sua face verdadeira. No desenrolar da narrativa, nunca temos certeza das intenções de Eli; não há manifestações de desejo sexual por parte dela, ainda que estejam evidentes suas necessidades afetivas.
O roteiro de Lindqvist lança mais questões do que as responde, mas toda a gama de subjetividades que permeiam os personagens culminam num mesmo ponto de interesse, em uma visão pessimista do mundo em que vivemos e seus arranjos: a rejeição social, com suas normas extremas e intransigentes lança alguns indivíduos à perenidade da solidão.

domingo, 13 de novembro de 2011

Deixa Ela Entrar, de Tomas Alfredson (Suécia, 2008)- Sexta-feira, às 19h


A próxima mostra do Cineclubida, Novos Olhares, começa nesta sexta-feira, dia 18/11. Selecionamos 4 filmes de 4 diretores da cinematografia recente, Tomas Alfredson, Lucía Puenzo, Andrea Arnold e Joon-ho Bong. São filmes que abordam temáticas relativas ao próprio cinema, como a desconstrução e a renovação dos gêneros, e trazem reflexões poéticas e singulares sobre o mundo contemporâneo, seja através da crítica social, seja através do realismo fantástico, ou ainda do horror como metáfora para a discussão de questões humanistas.

O horror é o gênero escolhido por Tomas Alfredson no primeiro filme da mostra: Deixa Ela Entrar (Låt Den Rätte Komma In, Suécia, 2008).

Sempre às 19h, no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita. Convidamos a todos para uma conversa sobre o filme após a sessão.

sábado, 5 de novembro de 2011

A Fronteira da Alvorada, de Philippe Garrel- 11/11, sexta-feira, às 19h

O último filme da mostra O Cinema Europeu Depois dos Anos 00 é o francês A Fronteira da Alvorada (La Frontière de L'Aube, 2008), do diretor Philippe Garrel. A sessão começa às 19h. Local: auditório ou ateliê 06 (a definir) do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita. Convidamos a todos para um bate-papo após a exibição do filme.