Cinema é entretenimento e cinema é arte. Cinema é fotografia e música. É dança e pintura. Literatura também. Cinema é poesia.
Nossa proposta é oferecer uma vista cinematográfica por semana, e nós sabemos que cabe um mundo nessa janela.
A arte é esse limiar entre uma subjetividade e outras tantas. Como num passe de mágica, uma vez que as luzes se apagam, o universo do autor se abre ao espectador, e então nos debruçamos sobre esse mundo. Durante cerca de duas horas vislumbramos suas possibilidades infinitas e quando deixamos a sala de cinema, um pouco dele vai embora conosco.
Muito da experiência da arte é arrebatamento. Outro tanto é reflexão. Nessa perspectiva, o objetivo da criação de um cineclube do Instituto de Artes da UnB é fomentar o interesse pelo cinema como campo das Artes Visuais, oferecendo um espaço para a análise e a reflexão acerca da linguagem cinematográfica. Mas não apenas. O Cineclubida pretende ser um ambiente aberto tanto ao debate quanto à simples e bem-vinda emoção que os bons filmes nos despertam.
Ainda somos os mesmos espectadores assombrados que, em 1895, presenciaram o espetáculo da imagem em movimento pela primeira vez, imersos num universo de película. Mais tarde, os filmes ganharam cor e som, e a poesia permaneceu inesgotável em suas possibilidades. O cinema, seja arte ou entretenimento, ainda provoca esse movimento de afeto que nos permite ver de uma forma que jamais veríamos.
Convidamos os apreciadores do cinema -artistas, cinéfilos, estudantes, entusiastas- a fazerem parte do nosso público. O bom cinema estará presente, inicialmente todas as sextas-feiras, às 19h, no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB. A proposta é simples: as luzes se apagam e empreendemos uma viagem.
Léo Tavares
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