sábado, 3 de dezembro de 2011
Mother, de Bong Joon-ho. Sexta-feira, dia 09/12 às 19h no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB.
O último filme da Mostra Novos Olhares é Mother, do sul-coreano Bong Joon-ho, de 2009. Às 19h no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB.
Sinopse: Hye-ja é uma mãe solteira que vive com seu filho Do-joon, de 27 anos. Ele é a razão do seu viver. Apesar de adulto, Do-joon é ingênuo e dependente de sua mãe, e às vezes se comporta de maneira perigosa. Ele é uma constante fonte de ansiedade para todos. Um dia, uma jovem garota é encontrada morta em um prédio abandonado, e Do-joon é acusado de seu assassinato. Um advogado ineficiente e uma força policial apática fecham o caso muito rapidamente, o que leva sua mãe a agir por conta própria. Convocando todos os seus instintos maternais e sem confiar em ninguém, ela parte em uma busca frenética do assassino para provar a inocência do filho.
Lembrando que a exibição do filme Mother é a última do ano. As atividades do Cineclubida serão retomadas em março, no início do semestre da UnB.
Contato: cineclubida@gmail.com ou
leosaidhi@gmail.com (Léo)
rafaelarezend@gmail.com (Rafa)
quartierpopulaire@gmail.com (Mari)
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sábado, 26 de novembro de 2011
Mostra Novos Olhares: Fish Tank (2009), de Andrea Arnold- sexta-feira, 02 de dezembro
O próximo filme da Mostra Novos Olhares é o britânico Fish Tank (2009), dirigido por Andrea Arnold. O longa conta a história de Mia, uma adolescente de 15 anos que tem a vida virada de cabeça para baixo após a sua mãe trazer um novo namorado para viver em casa.
Katie Jarvis, que interpreta Mia, nunca havia atuado antes em um filme. A diretora Andrea Arnold a encontrou brigando com seu namorado em uma estação de trem e lhe ofereceu o papel.
Fish Tank foi aclamado pela crítica e venceu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes em 2009, assim como o BAFTA de Melhor Filme Britânico em 2010.
Dia 02 de dezembro, sexta-feira, às 19h no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita. Convidamos a todos para uma conversa sobre o filme após a sessão.
domingo, 20 de novembro de 2011
El Niño Pez, de Lucía Puenzo- 25/11- sexta-feira
O próximo filme da mostra Novos Olhares é El Niño Pez (Argentina, 2009), de Lucía Puenzo. Sexta-feira, dia 25/11, às 19h no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita.
Sinopse: Lala, uma adolescente que vive num bairro de classe alta de Buenos Aires, está apaixonada por Guayi, a empregada paraguaia de 20 anos que trabalha em sua casa. Sonham em viver juntas no Paraguai, à beira do lago Ypoá. Para isso juntam dinheiro roubando as carteiras que encontram pela casa. Mas quando estão prestes a fugir juntas, tudo se complica. O desejo, o ciúmes e a ira precipita uma tragédia.
sábado, 19 de novembro de 2011
Deixa Ela Entrar, de Tomas Alfredson
Por Léo Tavares
Baseado em livro homônimo do sueco John Ajvide Lindqvist, Deixe Ela Entrar poderia ter despertado o interesse de uma grande leva de espectadores que têm lotado as salas de cinema nos últimos cinco anos, caso fosse erroneamente catalogado como parte do nicho mais em voga dos filmes de terror atualmente: aqueles que tratam de vampiros e todo o imaginário que os envolve.
Apesar de ter sido lançado em meio a uma onda de filmes sobre vampiros, existem alguns fatores que imediatamente distanciam este trabalho da abordagem usual, e o primeiro deles já se coloca na impossibilidade de restringi-lo ao chamado filme de gênero, já que não se pode afirmar que estamos diante de uma produção de terror, ainda que muitos recursos provenientes desse tipo de narrativa sejam utilizados; tampouco que o foco central da história criada por Lindqvist a partir de seu próprio livro seja o tema dos vampiros, apresentado dentro da obra como uma metáfora para a marginalização daqueles que não se encaixam nas normas sociais e, portanto, acabam se distanciando gradativamente das relações humanas –permeadas sempre por códigos muito rígidos- em direção a uma perda da própria humanidade. Aqui a imortalidade dos vampiros aliada à incapacidade do convívio social se manifesta como uma morte imposta pela própria sociedade. Ou seja, no filme de Tomas Alfredson, como no livro de Lindqvist, o interesse narrativo está em explorar as relações humanas, as forças externas que as regulam e os sentimentos que se originam a partir de uma incompatibilidade com a norma. Utilizando-se do tema dos vampiros como ferramenta, o que Lindqvist faz é criar uma reflexão profunda sobre a solidão, o passar do tempo e a fugacidade das coisas que nos envolvem (a personagem Eli atravessa séculos e presencia o envelhecimento e a morte de todos que estão perto dela).
A respeito da questão da sexualidade, ela existe no filme primeiramente como elemento de tensão entre os personagens. Oskar é um adolescente tímido que vive com a mãe em um complexo residencial nos arredores de Estocolmo. Alfredson se preocupa em apresentar toda a densidade psicológica e as peculiaridades da personalidade de Oskar através de seu convívio social. O adolescente freqüenta uma escola onde não é aceito pelos colegas. Sua aparência frágil, de traços e trejeitos femininos e seu comportamento introspectivo são alvo de hostilização num microcosmo social em que já se denota uma série de exigências comportamentais. Oskar sofre calado uma violência psicológica que vai se transformando em violência física, até que conhece a personagem Eli, uma garota igualmente retraída que acaba de se mudar para o mesmo prédio, em quem encontra identificação e por quem começa a sentir-se atraído. A partir daí, o filme concentra-se em discussões a respeito das transformações da puberdade, das relações de poder dentro das camadas sociais e principalmente da sensação de inadequação dos personagens ao meio em que vivem, ao mesmo tempo em que encontram um no outro uma espécie de refúgio. Oskar vê em Eli uma possibilidade de aceitação, mas é aí que se inicia o conflito central: Eli não é nem menina, nem menino, e por isso sente a necessidade de romper um desenvolvimento afetivo que começa a transparecer nuances sexuais em sua relação com Oskar, impor um afastamento físico a fim de preservar seu relacionamento e continuar sendo aceita. À medida em que os laços entre Eli e Oskar se intensificam, fica clara a inevitabilidade de uma escolha por parte de Oskar: ajustar-se a uma sociedade repleta de normas, ou iniciar com Eli um caminho rumo à marginalização.
No filme de Tomas Alfredson, a sexualidade do menino Oskar é apontada sutilmente, abrindo caminho para a ambigüidade: ele parece não se importar quando Eli revela que não é uma menina, e demonstra querer um relacionamento amoroso, porém, a manifestação de seus desejos sexuais não chega a acontecer de forma definida; é como se Alfredson houvesse optado por apenas apontar possibilidades a respeito de uma sexualidade que ainda está se desenhando, e deixá-las em aberto. De certa forma, o mesmo acontece com a construção psicológica da personagem Eli, mas de forma ainda mais obscura: ela é na verdade um homem castrado na infância e em determinada cena, revela para Oskar sua face verdadeira. No desenrolar da narrativa, nunca temos certeza das intenções de Eli; não há manifestações de desejo sexual por parte dela, ainda que estejam evidentes suas necessidades afetivas.
O roteiro de Lindqvist lança mais questões do que as responde, mas toda a gama de subjetividades que permeiam os personagens culminam num mesmo ponto de interesse, em uma visão pessimista do mundo em que vivemos e seus arranjos: a rejeição social, com suas normas extremas e intransigentes lança alguns indivíduos à perenidade da solidão.
Texto originalmente publicado em: http://culturavisualqueer.wordpress.com/2010/07/02/deixe-ela-entrar-lat-den-ratte-komma-in-%E2%80%93-de-tomas-alfredson-suecia-2008/
domingo, 13 de novembro de 2011
Deixa Ela Entrar, de Tomas Alfredson (Suécia, 2008)- Sexta-feira, às 19h
A próxima mostra do Cineclubida, Novos Olhares, começa nesta sexta-feira, dia 18/11. Selecionamos 4 filmes de 4 diretores da cinematografia recente, Tomas Alfredson, Lucía Puenzo, Andrea Arnold e Joon-ho Bong. São filmes que abordam temáticas relativas ao próprio cinema, como a desconstrução e a renovação dos gêneros, e trazem reflexões poéticas e singulares sobre o mundo contemporâneo, seja através da crítica social, seja através do realismo fantástico, ou ainda do horror como metáfora para a discussão de questões humanistas.
O horror é o gênero escolhido por Tomas Alfredson no primeiro filme da mostra: Deixa Ela Entrar (Låt Den Rätte Komma In, Suécia, 2008).
Sempre às 19h, no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita. Convidamos a todos para uma conversa sobre o filme após a sessão.
sábado, 5 de novembro de 2011
A Fronteira da Alvorada, de Philippe Garrel- 11/11, sexta-feira, às 19h
O último filme da mostra O Cinema Europeu Depois dos Anos 00 é o francês A Fronteira da Alvorada (La Frontière de L'Aube, 2008), do diretor Philippe Garrel. A sessão começa às 19h. Local: auditório ou ateliê 06 (a definir) do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita. Convidamos a todos para um bate-papo após a exibição do filme.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
A Vida É Um Milagre, de Emir Kusturica. Sexta-feira, dia 04/11, às 19h
Sexta-feira, dia 04/11, às 19h no Ateliê 6 do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita. (clique na foto para ler a sinopse).
Sinopse: http://adorocinema.com
domingo, 30 de outubro de 2011
04/11- sexta-feira: A Vida é Um Milagre (Bósnia, 2004), de Emir Kusturica
O próximo filme da mostra O Cinema Europeu Depois dos Anos 00 é A Vida é Um Milagre (Bósnia, 2004), de Emir Kusturica. Sexta-feira, dia 04/11, às 19h no Ateliê 6 do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Bom Dia, Noite, de Marco Bellocchio - 28/10, sexta-feira, às 19h- Ateliê 06- VIS-UNB
O próximo filme da mostra O Cinema Europeu Depois dos Anos 00 é Bom Dia, Noite (Itália, 2003), de Marco Bellocchio Nesta sexta-feira, às 19h no Ateliê 6 do Departamento de Artes Visuais da UnB. Entrada gratuita.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Mostra O Cinema Europeu Depois dos Anos 00
Pessoal, na nossa nova mostra selecionamos quatro obras que representam o que se tem produzido na Europa na última década. A programação:
domingo, 16 de outubro de 2011
Retrospectiva: O Cinema Americano Depois dos Anos 00
por Léo Tavares
Encerrada a mostra O Cinema Americano Depois dos Anos 00, nos debruçamos sobre algumas questões cruciais para que a proposta deste pequeno ciclo de filmes seja percebida como uma tentativa de expor, através de quatro obras da recente cinematografia norte-americana, vislumbres do que seria a visão contemporânea do mundo pelo olho sempre mutável do cinema.
A linguagem cinematográfica, espaço sintético de exploração artística, tão ampla em suas possibilidades de investigação de olhares, comprovou, logo nas primeiras décadas de sua existência, esta característica de pluralidade discursiva. Tal pluralidade, de certo modo refreada pela consolidação de uma narrativa clássica preconizada por D. W. Griffith na primeira metade do século XX, permaneceu sendo a força-motriz para as criações de inúmeros autores cujas propostas audiovisuais não se enquadravam nos parâmetros vigentes de produção.
A linguagem cinematográfica, espaço sintético de exploração artística, tão ampla em suas possibilidades de investigação de olhares, comprovou, logo nas primeiras décadas de sua existência, esta característica de pluralidade discursiva. Tal pluralidade, de certo modo refreada pela consolidação de uma narrativa clássica preconizada por D. W. Griffith na primeira metade do século XX, permaneceu sendo a força-motriz para as criações de inúmeros autores cujas propostas audiovisuais não se enquadravam nos parâmetros vigentes de produção.
A experimentação de linguagem, que até meados da década de 60 se dava com maior liberdade fora dos Estados Unidos, com as vanguardas europeias e toda uma tradição de cinema autoral, conheceu, a partir de Cassavetes, um novo horizonte para o cinema norte-americano. Pode-se dizer que o diretor de Shadows (1959) abriu o caminho para todos os cineastas independentes que surgiram nas décadas de 60 e 70. Em face da decadência do studio-system, com a criação do Festival de Sundance (1978) e a profusão de diretores produzindo filmes de baixo orçamento, as obras cinematográficas que não correspondiam aos padrões hollywoodianos encontraram validação e incentivo. Diretores como Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Brian de Palma, Robert Altman, entre outros, despertaram a atenção do público e da crítica, consolidando o chamado cinema independente.
De lá para cá, Hollywood se fortaleceu mais e mais no topo da indústria cinematográfica, mas o espaço para as produções que se inserem fora do circuito mainstream permanece garantido, e recebe fôlego a cada vez que um novo realizador apresenta um olhar singular sobre o mundo. As inovações tecnológicas não soterraram a linguagem, configurando-se como ferramentas que proporcionam um leque maior de possibilidades de criação, e as temáticas surgem notadamente como um olhar sobre o próprio tempo: este transcorrer dos fatos enquanto acontecem - ou contemplação sobre fatos recentes - está repleto de reflexão e crítica a respeito da condição humana no século XXI. A tecnologia, a massificação cultural, as conjunturas econômicas e políticas, engendraram no cerne da sociedade contemporânea uma espécie de apologia ao individualismo exacerbado. As relações humanas não são as mesmas de trinta anos atrás e as consequências da dita pós-modernidade se instauram no cotidiano do cidadão comum, este grande personagem das narrativas atuais.
É nessa perspectiva que surgem histórias como as narradas nestas quatro exibições da mostra O Cinema Americano Depois dos Anos 00. Sentimentos latentes de deslocamento, vazio e solidão se manifestam nas rotinas de vidas imersas num universo onde as grandes ideologias e as subjetividades humanas deram lugar à hegemonia do consumo e à transitoriedade das relações. Se a perda da identidade se circunscreve como característica vital para a manutenção do status quo, a arte se encarrega de lançar foco sobre esses sujeitos e lhes dar um nome. É o que Miranda July busca com Eu, Você e Todos Nós (Me and You and Everyone We Know, 2005), ao revelar os fios invisíveis que conectam pessoas anônimas de algum lugar do mundo, e como essas conexões, frágeis sob a ótica da massificação em prol da identidade, se manifestam fortes se percebidas por um viés subjetivo e, portanto, humano. A dificuldade de comunicação, a improbabilidade das relações e o desconforto do sujeito vivendo as complicações racionais do mundo são vistos por Miranda July como problemas senão a serem enfrentados, a serem ao menos abordados e investigados. Sua Christine Jesperson é constructo dessas angústias contemporâneas e sendo fruto de uma temporalidade que está a transcorrer, suas buscas e inquietações não se concluem ou são sanadas, ainda que o desfecho do filme nos revele um algo de realização e transcendência, num nível muito íntimo, mais sugestivo do que determinante.
Essa inquietação, mais aguda e melancólica no Vincent Gallo de Brown Bunny (The Brown Bunny, 2003) mesmo que agravada por fatores específicos como a perda e a desconformidade, parece ser parte essencial da identidade pós-moderna. O personagem marginal de Brown Bunny, movido apenas pela dor e alienado do resto do mundo, constrói para si uma espécie de bolha onde apenas com a negação da verdade o mundo pode ser palatável, e assim, ao afastar-se dos outros seres humanos em sua trajetória, os rastros de civilização surgem como elementos invasivos. A paisagem, em Gallo, desoladora e silenciosa, e a própria estrutura narrativa de road movie, refletem o estado de espírito de um indivíduo que simplesmente vaga, no mundo, sem paragem e sem perspectivas.
Em Viagem a Darjeeling (The Darjeeling Limited, 2007), outra viagem sustenta o fio condutor da trama, mas aqui a premissa é muito mais metafórica: três irmãos embarcam em um trem na Índia, com a finalidade de estreitarem seus laços familiares. Em busca de uma renovação espiritual propiciada pelo simples fato de estarem na Índia, os três irmãos se deparam com a impossibilidade de se forçar transformações internas naturais, e por consequência, com a exposição de suas fraquezas e com o desmantelamento de suas verdades. A artificialidade de um pensamento estereotipado como o típico americano –ou ocidental, aos poucos dá lugar a uma delicadeza que revela como o diretor Wes Anderson trabalha a construção de seus personagens: existe um aprofundamento gradativo que nos revela suas particularidades, sensibilidades quase que soterradas em camadas de uma plasticidade rígida vão se deixando entrever e, ao fim do filme, os percebemos tão humanos quanto nós.
Uma relação familiar fragilizada pela distância também permeia a história narrada por Sofia Coppola em Um Lugar Qualquer (Somewhere, 2010). Aqui, presenciamos um recorte da rotina de um ator de Hollywood: sua vida se situa entre filmagens de grandes produções, coletivas de imprensa, premières e festas badaladas. A artificialidade do meio cinematográfico mainstream, a solidão dos quartos de hotéis ao redor do mundo e a incapacidade de vivenciar relações afetivas sólidas produzem uma insatisfação com a própria existência. Ao passo em que o personagem Johnny Marco enfrenta uma crise de meia idade, onde questões de identidade, culpa e descontentamento se anunciam, sua filha de onze anos surge como uma presença capaz de reavivar em Marco a sinceridade e o afeto.
Recuperar a capacidade de comunicação e afeto, perceber o seu papel no mundo, refletir sobre as consequências de uma temporalidade que se esforça em suprimir as singelezas. A transcendência, vislumbrada de forma muito sutil em cenas-chave de Eu, Você e Todos Nós, tão almejada e possível em Darjeeling, seria na verdade tão utópica quanto as estruturas do nosso mundo de hoje nos fazem pensá-la? Enquanto indivíduos vivendo o transcorrer da transitoriedade, não seremos personagens daquela história maior, repleta de uma determinante impessoalidade, esforçada em empalidecer as coisas por trás das coisas. Mas o cinema, entre outras artes, nos permite ler (e reler) as entrelinhas dessa história. São impressões de olhares alheios, recortes e pequenos insights - discursos particulares, mas passíveis de identificação - que nos permitem, na experiência cinematográfica, re-olhar e ressignificar o mundo, exercício tão esquecido e tão premente. Mostrar estes olhares, abrangentes ou oblíquos, amargos ou esperançosos, focados no ser humano e no seu tempo, é função primeira deste pequeno ciclo de filmes.
sábado, 8 de outubro de 2011
AVISO: sessão do filme Somewhere (Sofia Coppola) adiada para o dia 14/10
Em decorrência dos eventos da Semana Universitária ocorrendo no campus, a sessão de ontem foi adiada para a próxima sexta-feira, dia 14 de outubro, às 19h no ateliê 06 do Departamento de Artes Visuais (SG1-UNB).
Lembramos que após a sessão haverá uma discussão sobre o filme Somewhere, de Sofia Coppola, e os demais filmes exibidos durante a mostra.
Sinopse: adorocinema.com.br
Lembramos que após a sessão haverá uma discussão sobre o filme Somewhere, de Sofia Coppola, e os demais filmes exibidos durante a mostra.
Sinopse: adorocinema.com.br
terça-feira, 4 de outubro de 2011
07/10 no Cineclubida- Somewhere, de Sofia Coppola (2010)
O filme da próxima sexta, dia 07 de outubro, é Um Lugar Qualquer (Somewhere, 2010), da diretora Sofia Coppola. Às 19h. Desta vez a exibição será no Ateliê 06 (VIS-UNB). A entrada é gratuita.
Confira a nossa programação curtindo a página do Cineclubida no Facebook e seguindo o Cineclubida no Twitter.
Confira a nossa programação curtindo a página do Cineclubida no Facebook e seguindo o Cineclubida no Twitter.
Contatos: cineclubida@gmail.com
domingo, 25 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Mostra O Cinema Americano Depois dos Anos 00
Iniciamos a programação do Cineclubida com a mostra O Cinema Americano Depois dos Anos 00. O primeiro filme é Eu, Você e Todos Nós, de 2005, da diretora e artista Miranda July. Às 19h no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB (SG1).
Confira a programação:
Eu, você e todos nós (Me and You and Everyone We Know) - 16/09
Diretora: Miranda July
Ano: 2005
Sinopse: Christine Jesperson (Miranda July) é uma solitária artista plástica, que divide seu tempo entre suas criações e seu trabalho como motorista para pessoas idosas ou que não possam dirigir. Ao levar um de seus clientes a uma loja ela conhece Richard Swersey (John Hawkes), um vendedor de sapatos que a convence a comprar um par mais confortável. Richard se separou recentemente e agora mora com seus dois filhos, Peter (Miles Thompson) e Robby (Brandon Ratcliff), com quem tem um relacionamento distante. Logo Christine se interessa por Richard, mas ele ainda tem receio de iniciar um novo relacionamento.
Brown Bunny (The Brown Bunny) - 23/09
Diretor: Vincet Gallo
Ano: 2003
Sinopse: Bud (Vincent Gallo) é um piloto de motocicletas que perdeu Daisy (Chloë Sevigny), o grande amor de sua vida. Seu trabalho é correr incansavelmente, volta após volta. Ele vai de New Hampshire até a Califórnia e, ao cruzar os Estados Unidos, tenta inutilmente se desfazer da lembrança dos últimos instantes passados com a mulher amada. Para se livrar dessas memórias, Bud fará o que puder: passará todos os dias por novas aventuras, aproximando-se das mulheres com a mesma facilidade com que as deixa.
Viagem a Darjeeling (The Darjeeling Limited) - 30/09
Diretor: Wes Anderson
Ano: 2007
Sinopse: Francis (Owen Wilson), Peter (Adrien Brody) e Jack (Jason Schwartzman) são irmãos, mas não se falam há um ano. Eles, decidem realizar uma viagem de trem pela Índia, na intenção de acabar com a barreira existente entre eles e também para auto-conhecimento. Entretanto, devido a incidentes envolvendo a compra de analgésicos sem prescrição médica, o uso de xarope para tosse indiano e um spray de pimenta, a viagem logo muda de rumo e faz com que o trio fique perdido no meio do deserto, tendo apenas 11 malas, uma impressora e uma máquina plastificadora.
Um Lugar Qualquer (Somewhere) - 07/10
Diretora: Sofia Coppola
Ano: 2010
Sinopse: Johnny Marco (Stephen Dorff) é um bem sucedido ator de Hollywood que não possui uma reputação das melhores. Hospedado no lendário hotel Chateau Marmont para recuperar-se de um acidente no set de filmagens, ele passa os dias em festas com strippers ou dirigindo sua Ferrari por puro prazer. Porém, o ator tem sua rotina subitamente alterada pela presença de Cleo (Elle Fanning), sua filha de 11 anos, que passa a visitá-lo com certa frequencia. Embora a princípio seja incapaz de dar à menina a atenção que precisa, a progressiva aproximação leva Johnny a reavaliar sua vida.
Sinopses: http://www.adorocinema.com/
Confira a programação:
Eu, você e todos nós (Me and You and Everyone We Know) - 16/09
Diretora: Miranda July
Ano: 2005
Sinopse: Christine Jesperson (Miranda July) é uma solitária artista plástica, que divide seu tempo entre suas criações e seu trabalho como motorista para pessoas idosas ou que não possam dirigir. Ao levar um de seus clientes a uma loja ela conhece Richard Swersey (John Hawkes), um vendedor de sapatos que a convence a comprar um par mais confortável. Richard se separou recentemente e agora mora com seus dois filhos, Peter (Miles Thompson) e Robby (Brandon Ratcliff), com quem tem um relacionamento distante. Logo Christine se interessa por Richard, mas ele ainda tem receio de iniciar um novo relacionamento.
Brown Bunny (The Brown Bunny) - 23/09
Diretor: Vincet Gallo
Ano: 2003
Sinopse: Bud (Vincent Gallo) é um piloto de motocicletas que perdeu Daisy (Chloë Sevigny), o grande amor de sua vida. Seu trabalho é correr incansavelmente, volta após volta. Ele vai de New Hampshire até a Califórnia e, ao cruzar os Estados Unidos, tenta inutilmente se desfazer da lembrança dos últimos instantes passados com a mulher amada. Para se livrar dessas memórias, Bud fará o que puder: passará todos os dias por novas aventuras, aproximando-se das mulheres com a mesma facilidade com que as deixa.
Viagem a Darjeeling (The Darjeeling Limited) - 30/09
Diretor: Wes Anderson
Ano: 2007
Sinopse: Francis (Owen Wilson), Peter (Adrien Brody) e Jack (Jason Schwartzman) são irmãos, mas não se falam há um ano. Eles, decidem realizar uma viagem de trem pela Índia, na intenção de acabar com a barreira existente entre eles e também para auto-conhecimento. Entretanto, devido a incidentes envolvendo a compra de analgésicos sem prescrição médica, o uso de xarope para tosse indiano e um spray de pimenta, a viagem logo muda de rumo e faz com que o trio fique perdido no meio do deserto, tendo apenas 11 malas, uma impressora e uma máquina plastificadora.
Um Lugar Qualquer (Somewhere) - 07/10
Diretora: Sofia Coppola
Ano: 2010
Sinopse: Johnny Marco (Stephen Dorff) é um bem sucedido ator de Hollywood que não possui uma reputação das melhores. Hospedado no lendário hotel Chateau Marmont para recuperar-se de um acidente no set de filmagens, ele passa os dias em festas com strippers ou dirigindo sua Ferrari por puro prazer. Porém, o ator tem sua rotina subitamente alterada pela presença de Cleo (Elle Fanning), sua filha de 11 anos, que passa a visitá-lo com certa frequencia. Embora a princípio seja incapaz de dar à menina a atenção que precisa, a progressiva aproximação leva Johnny a reavaliar sua vida.
Sinopses: http://www.adorocinema.com/
sábado, 10 de setembro de 2011
O Cinema Convida...
Cinema é entretenimento e cinema é arte. Cinema é fotografia e música. É dança e pintura. Literatura também. Cinema é poesia.
Nossa proposta é oferecer uma vista cinematográfica por semana, e nós sabemos que cabe um mundo nessa janela.
A arte é esse limiar entre uma subjetividade e outras tantas. Como num passe de mágica, uma vez que as luzes se apagam, o universo do autor se abre ao espectador, e então nos debruçamos sobre esse mundo. Durante cerca de duas horas vislumbramos suas possibilidades infinitas e quando deixamos a sala de cinema, um pouco dele vai embora conosco.
Muito da experiência da arte é arrebatamento. Outro tanto é reflexão. Nessa perspectiva, o objetivo da criação de um cineclube do Instituto de Artes da UnB é fomentar o interesse pelo cinema como campo das Artes Visuais, oferecendo um espaço para a análise e a reflexão acerca da linguagem cinematográfica. Mas não apenas. O Cineclubida pretende ser um ambiente aberto tanto ao debate quanto à simples e bem-vinda emoção que os bons filmes nos despertam.
Ainda somos os mesmos espectadores assombrados que, em 1895, presenciaram o espetáculo da imagem em movimento pela primeira vez, imersos num universo de película. Mais tarde, os filmes ganharam cor e som, e a poesia permaneceu inesgotável em suas possibilidades. O cinema, seja arte ou entretenimento, ainda provoca esse movimento de afeto que nos permite ver de uma forma que jamais veríamos.
Convidamos os apreciadores do cinema -artistas, cinéfilos, estudantes, entusiastas- a fazerem parte do nosso público. O bom cinema estará presente, inicialmente todas as sextas-feiras, às 19h, no auditório do Departamento de Artes Visuais da UnB. A proposta é simples: as luzes se apagam e empreendemos uma viagem.
Léo Tavares
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